28 de abril de 2020
Em uma das edições do meu podcast, eu recebi o Carlos Eduardo, CEO da OBA BOX, uma empresa de produtos inovadores de Minas Gerais, para conversamos sobre modelos de negócios. Antes mesmo da conversa começar, ele disse uma frase muito interessante: “o mundo muda em uma velocidade maluca e os negócios com modelos frágeis sofrem nessa hora”, o que me fez pensar que, com a velocidade que as coisas estão mudando, quase todos os negócios podem ser considerados modelos frágeis, inclusive o seu.
Pode parecer assustador pensar nisso, mas esse medo não deve paralisar você, e sim impulsioná-lo a pensar fora da caixa e agir de forma completamente diferente.
Você se considera resistente? Então continue a leitura porque eu, Marcelo Germano, fundador do EAG – Empresa Autogerenciável, vou ajudá-lo a pensar se agora é a hora de você mudar o seu modelo de negócio.
Boa leitura!
É um modelo feito em cima da premissa errada, ou até mesmo da premissa certa, até que alguém descubra um jeito diferente de fazer a mesma coisa.
O grande problema desses modelos é que as empresas estão focadas nos seus produtos que esquecem o que realmente vale: a solução do problema do cliente. Por isso, não é raro nos depararmos com diversas empresas que foram ultrapassadas por outras que trabalhavam com produtos similares, mas que pensaram em soluções totalmente diferentes e inovadoras.
Quer ver um exemplo? Eu mostro até dois: a Blockbuster e a Kodak.
A Blockbuster era a maior rede de locadoras do mundo. Lá no começo dos anos 2000, o plano de expansão deles era abrir novas lojas no mundo inteiro. Porém, em momento algum eles pensaram em uma possível mudança de como as pessoas consumiriam filmes e jogos no futuro. E o resultado, você já sabe: veio a Netflix e demais modelos de streaming que mudaram todo o cenário, fazendo com que a Blockbuster precisasse decretar falência.
Já a Kodak era a maior empresa de fotografia do mundo. Inclusive, o primeiro protótipo de câmera digital foi desenvolvido por eles. Só que eles foram resistentes às mudanças e demoraram para se adaptar a esse novo formato, crendo que isso iria matar o negócio deles, e foi o que realmente aconteceu.
Depende. Será muito mais difícil para quem é muito apegado ao próprio produto ou serviço e não quer abandonar o barco. Isso é o que eu chamo de “conceito da vaca leiteira”: enquanto você estiver em um mercado estável, e está ganhando dinheiro com ele, você não vai querer “chutar” essa vaca leiteira, ou seja, não vai querer abandoná-lo.
Por outro lado, a gente precisa fazer alguma coisa no momento em que a casa cair e gerar inovação para aquela empresa não morrer. Só que, na realidade, é muito mais aconselhável prever os entraves e agir antes de acontecer algo realmente desastroso. Vou mostrar como você pode fazer isso a seguir.
Vença a resistência, perceba o contexto atual, antecipe tendências, pense no problema das pessoas e encontre solução para ele. Para exemplificar como isso é possível, vou narrar a história que o Carlos Eduardo contou no nosso podcast.
Em meados de 2004 e 2005, ele e o seu sócio perceberam que o e-commerce era um caminho atrativo. Até o momento, nenhuma grande rede varejista tinha entrado de cabeça nesse mercado, mas isso era questão de poucos anos.
Tendo isso em mente, eles perceberam que, se eles montassem uma empresa e vendessem exatamente os mesmos produtos que essas lojas vendiam, essa empresa iria morrer, porque seria muito difícil competir com esses grandes varejistas.
Qual foi a saída deles? Em vez de vender eletrodomésticos, eles iriam vender produtos inovadores e que atendessem às dores das pessoas. E para isso, eles olharam ao redor, perceberam o que estava faltando no mercado e juntaram A + B.
Na época, muitas pessoas estavam sendo multadas porque estavam falando no celular enquanto dirigiam e, até então, os aparelhos não tinham viva voz. Pensando nisso, o Carlos e o seu sócio encontraram um dispositivo que era vendido na China, que conseguia transmitir via rádio. Eles trouxeram esse produto para o Brasil, criaram uma marca para ele, começaram a vendê-lo, e o resto é história.
Hoje, a OBA BOX está presente em vários canais de venda e em vários tipos de mídia e, com isso, eles têm um modelo muito mais sólido e preparado para lidar com todas essas mudanças rápidas que estão acontecendo no mercado.
Mudar o seu modelo de negócios por si só não garante que você tenha sucesso na sua estratégia da noite para o dia. Na realidade, esse processo vem acompanhado de um longo trabalho de gestão baseado em meta, plano de ação e execução.
Todo dono de empresa precisa entender que crescer demanda tempo, e que o plano de crescimento de uma empresa também consiste no desenvolvimento de pessoas, ou seja, dos seus funcionários.
Afinal, quem mais vai ajudá-lo a levar o seu negócio aos resultados esperados? O seu time. E para vocês realizarem um super trabalho em equipe, faz parte do seu trabalho estratégico desenvolver essas pessoas, fazer planos de ação para elas, dar feedbacks e ajudá-las a desenvolver novas habilidades. Tudo isso demanda tempo, mas não tem como escapar: esse processo é a base do crescimento de qualquer empresa.
Afinal de contas, toda empresa é formada por pessoas e processos. Se as pessoas não estiverem “funcionando”, o processo não vai rodar. Não tem jeito.
Não tenha medo de arriscar e de mudar de modelo de negócio se for preciso, Comandante. Sabe por quê? Porque o erro faz parte do sucesso de aprendizado. A única maneira de não errar é não fazer, e isso não combina com um dono de empresa.
Por isso, tenha a humildade de entender que você vai errar, mas que também vai aprender, estudar, conhecer coisas novas e passar esse aprendizado para a cultura da sua empresa. Caso contrário, se você transformar esse processo em algo doloroso, você vai travar e não vai fazer com que o seu negócio deslanche.
O EAG Empresa Autogerenciável foi criado para te ajudar a acabar com o caos da sua empresa e a construir uma equipe autogerenciável que funcione sem depender de você.