10 de dezembro de 2019
O dono de uma empresa em crescimento precisa entender que, em algum momento, a gestão empresarial vai passar por turbulências. Não tem jeito!
Porém, muitos empresários não sabem lidar com as frustrações do caminho. Eles acham que vão salvar o seu negócio carregando tudo nas costas. E, com essa atitude, levam a gestão da sua empresa e de suas vidas para um caos sem fim.
Para você enxergar os momentos difíceis da sua empresa por uma outra ótica, eu, Marcelo Germano, fundador do EAG Empresa Autogerenciável, vou te mostrar agora 3 motivos para você não desistir da sua empresa em crescimento, a partir do que eu construí ao longo da minha carreira como empresário.
Te desejo uma boa reflexão!
Falar sobre frustrações nos negócios tem tudo a ver com o desafios que eles trazem. No entanto, é um processo natural e é preciso ter muita clareza do seu propósito, para não deixar as dificuldades parecerem invencíveis.
Toda empresa passa por três fases de vida, assim como nós, humanos: a infância, a adolescência e a maturidade.
Foi a fase em que você tomou a decisão de abrir o próprio negócio e começou a trabalhar nele e em seu crescimento.
Naquele momento, a sua empresa começou a receber os primeiros clientes e você os recebeu com carinho e entusiasmo, para que eles indicassem a sua empresa para outras pessoas. E, desta forma, o negócio cresceu.
Mas, nesse período de crescimento, você percebeu que tocar uma empresa exige habilidades que você domina e outras que você não domina. E você resolveu pedir ajuda para continuar expandindo o seu negócio.
Essa fase provavelmente vai fazer você se identificar, Comandante. Aqui, você está contratando, expandindo e formando equipes.
É a fase em que você, empresário, contrata outras pessoas que o ajudam em diferentes tarefas.
Mas também está enfrentando um turbilhão de problemas. Pode ser com reclamações de clientes, problemas com o produto, com funcionários, com fornecedores… os problemas são um indício claro do crescimento, mas na verdade, eles parecem impossíveis de se resolver.
Tudo isso pode acabar dando ao empresário a sensação de que o propósito dele estava errado, ou de que nem era uma ideia tão boa assim.
Mas todo dono de pequenas e médias empresas estão passando por isso em sua gestão empresarial e é na adolescência que a insegurança bate.
O problema é que tem muito empresário que se desestabiliza justamente nesta etapa. E esse pode ser o seu caso.
Vamos falar do que todo empresário quer, mas que poucos deles sabem. A maturidade de uma empresa não é uma consequência da adolescência. Na verdade, a empresa que atinge a maturidade é a que começou a agir como uma empresa madura lá no início.
Essa empresa passa pelas fases da infância e da adolescência, mas com uma perspectiva totalmente diferente.
Seu fundador sabe exatamente onde ele quer chegar, como ele vai atender os clientes, e o tipo de produto ou serviço que será oferecido. Ou ele recorre às ajudas externas certas para fazer tudo isso com excelência, já que esse empresário não terá, necessariamente, algumas habilidades necessárias para tocar um negócio.
Logo, esse empresário passa por todas essas fases com a visão sólida de seu negócio. Logo, ele se torna uma empresa madura.
Esta é a etapa dos sonhos de qualquer empresa. Mas não é todo mundo que chega nela, simplesmente porque muitos empresários desistem no meio do caminho.
Lembra quando eu falei que muitos empresários com empresas na fase da adolescência se desestabilizam?
Pois bem. Com grandes poderes, vêm grandes responsabilidades. E, conforme a empresa está decolando, qualquer indício de que algo está errado pode comprometer os rumos que esse negócio tem seguido.
Um exemplo são as reclamações vindas de clientes. Tem muito empresário que fica nervoso com as críticas que recebe, especialmente se elas partem das atitudes dos seus funcionários. Parece familiar para você?
Se esse é o seu caso, continue lendo que vou descrever uma situação muito comum, e que pode comprometer de vez a sua empresa.
O seu cliente critica a forma como o seu funcionário embalou determinado produto. Você vai conferir o processo que esse colaborador segue para embalar o material. E, aí, você percebe um desalinhamento, uma metodologia diferente da que você costuma fazer.
Ao invés de você ensiná-lo a embalar da forma que você considera usual, você vai lá e faz por conta própria. E esse processo se repete com certa frequência. Quando percebe, você está fazendo um trabalho que não é mais seu.
Este é o quadro de um empresário sobrecarregado. Aquele que acha que pode comandar sozinho todos os processos do seu negócio. E tem muito dono de empresa que não quer mudar de atitude, por achar que só ele dá conta. Isso se chama microgerenciamento.
Mas o microgerenciamento traz consequências. Se antes você era caprichoso com a estrutura do seu negócio, é bem provável que, agora, você não ligue mais e esteja desleixado com a própria empresa. Afinal, você tem que cuidar de muita coisa, equilibrar vários pratos e algum lado acaba pendendo.
É questão de tempo para chegar o dia em que você não queira mais trabalhar. Dessa forma, você se torna o pior funcionário de seu negócio. E quem sai mais prejudicado nessa história é você mesmo.
Com isso, tem muito empresário que desiste da sua empresa em crescimento. Acha que não nasceu para empreender, que é muito complicado…
De fato, é necessária muita energia para continuar no ramo. Mas, lembre-se que você abriu a sua empresa a partir de um sonho. Onde está esse propósito agora?
Eu não quero que nenhum empresário que esteja disposto a fazer o seu negócio dar certo, desista dos seus sonhos. Eu mesmo passei por muitas dificuldades ao longo dos meus 24 anos como empresário, mas sempre soube onde queria chegar. Por isso que hoje estou com 3 empresas autogerenciáveis.
E é isso que eu quero passar para você.
Se o que eu disse até aqui se assemelha com a história da sua vida, então saiba que nem tudo está perdido. Existem soluções para salvar a sua empresa, para que ela continue em crescimento, até atingir o nível da maturidade. Mas é necessário muito trabalho duro para mudar o jogo.
Por isso, eu vou te mostrar agora os 3 motivos para você não largar tudo, e persistir sim na sua empresa:
Foi o que eu disse antes e bato na mesma tecla quantas vezes forem necessárias.
Você abriu a sua empresa movido por um sonho. Você queria mudar a sua vida, a vida das pessoas que trabalham para você, e a de pessoas que seriam atendidas pelo seu produto ou serviço. Você tinha um propósito quando abriu o seu negócio. E, durante o processo de crescimento da sua empresa, para onde foi esse propósito?
Existe uma coisa essencial para o funcionamento de qualquer empresa, e essa coisa se chama cultura organizacional. Em linhas gerais, a cultura organizacional é todo o “jeitão” que molda e que conduz o funcionamento desse negócio. E ela é construída de acordo com o seu propósito.
Eu falei um pouco mais sobre Cultura Organizacional nesse conteúdo aqui, Comandante:
Quando você transmite aos seus funcionários a cultura organizacional da sua empresa, de acordo com o seu propósito e o propósito do seu negócio, eles passam a entender o seu modo de funcionamento e o objetivo deles ali.
E funcionários que entendem o seu propósito, se sentem motivados e passam a entregar resultados sem depender de você microgerenciando tudo. Isso é uma empresa autogerenciável.
Portanto, comece a trabalhar agora na sua cultura organizacional. Ela que vai fazer a sua empresa crescer.
Se você não sabe por onde começar, este material vai te ajudar bastante na construção da sua cultura: “A importância da cultura organizacional na evolução do seu negócio”.
Aliado ao seu propósito, lembre-se que essa empresa quer atingir algum lugar ou alguma coisa.
Por isso, tenha esse objetivo em mente e estruture a visão do seu negócio. Essa visão diz respeito ao futuro da empresa e o que ela pretende alcançar.
É bem simples: se o dono de uma empresa pensa no futuro, ele tem uma visão sobre onde ele deseja chegar. Dessa forma, a visão é a forma de escrever como o dono da empresa vê onde ele e o seu negócio desejam estar daqui a um determinado tempo.
A visão está entrelaçada com a missão e com os valores desse negócio.
A missão diz respeito sobre o porquê a empresa existe e o porquê as pessoas estão trabalhando para que essa empresa exista. Já os valores são os itens inegociáveis dentro de uma empresa. É a partir deles que as decisões são tomadas.
O potencial do seu negócio está dentro dessas definições. E a missão, a visão e os valores da sua empresa precisam estar alinhados para todos os funcionários. Esse é um dos trabalhos mais duros de se executar na gestão empresarial, mas é o caminho para torná-la autogerenciável.
Uma empresa autogerenciável permite com que os seus colaboradores entendam a importância de suas funções, bem como a melhor maneira de executá-las para alcançar os objetivos da empresa.
Caso você queira entender melhor as principais características de uma empresa autogerenciável, te aconselho a ver este conteúdo:
O melhor momento para você ter construído uma empresa que age como uma empresa madura, era quando você começou a sua empresa, lá na infância. Mas o segundo melhor momento é agora.
Muitos empresários se enganam achando que, quando eles atingirem determinada meta, ou quando conseguirem algum reconhecimento, ou quando conseguirem participar de tal evento, eles vão agir dessa forma. São empresários que sempre esperam um “marco” para engrandecerem.
Só que não funciona desse jeito. Se você quer ter uma empresa madura, comece a agir como uma “pra ontem”.
E, neste pacote, entra a necessidade de capacitar a todos os seus funcionários de acordo com o nível de maturidade deles, para que eles se sintam motivados a fazer o que precisa ser feito. Até que seu negócio possa funcionar sem depender da sua presença, com autonomia e segurança.
Eventualmente, toda pessoa que se aventura em uma gestão empresarial vai encontrar muitas dificuldades. Um negócio que está na fase da adolescência tem pretensão de atingir a maturidade, mas isso depende da disposição do dono em superar o que vier.
Enquanto o empresário estiver preso no operacional, acreditando que somente ele poderá solucionar todos os problemas que estão surgindo (e não são poucos), vemos uma indicação clara de que em breve, este cara estará pedindo as contas.
E dono de empresa tem como pedir as contas?
No entanto, se temos um empresário que sabe onde quer chegar e sabe como envolver os seus funcionários nesse propósito, fica muito mais fácil de continuar fazendo esta empresa crescer.
Não, não tem um caminho fácil. Mas a maturidade irá fazer seu negócio fluir bem melhor.
O EAG Empresa Autogerenciável foi criado para ajudar donos de empresas a acabar com o caos em que seus negócios se encontram e torná-los autogerenciáveis.