4 de janeiro de 2019
Outro dia eu estava entrevistando um candidato para uma vaga no departamento financeiro. No currículo dele estava escrito que ele fazia relatórios de finanças, entre outras tarefas. Quando essa pessoa chegou para a entrevista de emprego, eu olhei novamente para o currículo.
O currículo era bonito, com várias atividades listadas. Então eu pedi para que ele me contasse um pouco como ele fazia os relatórios financeiros e percebi que ele começou a enrolar… Eu fiz outra pergunta pergunta: “me diz, como era o procedimento de conciliação bancária?” Ele deu uma resposta rápida e vaga.
Nesse momento eu pedi para que ele fosse mais específico com outra pergunta: “como você fazia o seu procedimento? Como era a rotina para fazer o procedimento de conciliação bancária?” A pessoa não conseguia explicar.
Bom, você analisa o currículo do candidato e lá ele diz que elaborava relatórios, elaborava indicadores, fazia a conciliação, fazia uma série coisas e quando eu fui perguntar como era a rotina, não conseguia explicar. Ele definitivamente não era o candidato certo. E descobrimos isso da maneira mais simples e rápida.
Não é que você não deve acreditar nas pessoas, mas para que esse tipo de situação não se repita e você acabe contratando alguém que não era o que você esperava, o ideal é você aplicar um teste. Pergunte. Desafie. Faça um teste. Se a pessoa realmente diz que fazia as atividades que estão no currículo, ela vai ter clareza para explicar o processo.
Peça para essa pessoa fazer uma apresentação explicando o processo. Solicite um processo com passo a passo de como se faz uma conciliação bancária, por exemplo. Dessa forma, você tem certeza de que o candidato sabe fazer o que está no currículo.
Assim, a decisão da contratação fica mais fácil e você descobre se ela é a pessoa ideal para a função. Tem uma frase que eu sempre digo: “se você tiver a melhor estratégia do mundo com as pessoas erradas, vai falhar sempre. Agora, se você tem uma estratégia que não é tão boa com as pessoas executando com disciplina o que precisa ser feito vai sempre ganhar da concorrência”.
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