EAG – Empresa Autogerenciável

Como implementar uma nova cultura?

4 de janeiro de 2021

Caro comandante,

Muitos empresários compreendem a importância e necessidade de se ter uma cultura forte.

Mas na hora do vamos ver, de implementar a cultura, eles travam.

E aí, chegam até mim, falando que estão tendo dificuldade em implementar as mudanças que querem fazer na cultura e valores da empresa.

E então, chegam com a seguinte pergunta bala de prata:

“Qual a receita de bolo para colocar a cultura em prática?”

Você que também está atrás desta pergunta, vou te responder bem claro e objetivo:

Cultura é o jeito como tua empresa funciona, de acordo com os propósitos do negócio.

Portanto, como é algo único de cada empresa… Mas existem ferramentas que podem auxiliar nesse processo de criação.

E a forma como ela vai ser implementada vai depender desses pontos, e também da sua equipe e da cultura já existente.

Mas se você ainda está se sentindo perdido, sem saber por onde começar…. vou te mostrar como eu fiz.

O primeiro passo

Primeiramente, é preciso entender que a empresa é o reflexo do dono.

Ou seja: o seu negócio reflete as coisas em que você acredita, das coisas que você enxerga, da sua energia em fazer as coisas.

Por conta disso, é preciso parar para refletir, internalizar no seu coração onde você quer que sua empresa chegue e o modo como irá vivenciar a cultura todos os dias…

E assim, percorrer esse caminho com toda a sua garra, toda a sua força e vontade de fazer seu negócio chegar lá.

Vou te contar uma história, para explicar como fazer isso.

Combinando com os russos

Antes de mais nada, vou explicar de onde surgiu essa expressão, para depois esclarecer o que você pode fazer.

Na copa da década de 70, o Brasil estava prestes a competir com a Rússia.

Antes do jogo iniciar, o técnico estava com a equipe reunida, explicando o esquema do jogo.

E durante a explicação, o técnico falava:

“Se os jogadores russos vierem por aqui, vocês vão fazer x coisa.

Caso eles forem por ali, é só fazer a jogada y.

Mas se eles forem por lá, a jogada z vai dar conta disso.”

E continuaram combinando, combinando… e combinando.

No entanto, enquanto todos discutiam essas jogadas, o Garrincha perguntou de forma bem humilde:

“Posso fazer uma pergunta?”

E as pessoas, convictas de suas estratégias, responderam:

“Claro! Pergunta aí!”

O Garrincha prosseguiu:

“Quem vai combinar com os russos?

Porque para essas jogadas darem certo, os russos terão que fazer exatamente o que vocês falaram que eles iriam fazer.

Se eles não fizerem tudo isso que vocês estão prevendo… esses esquemas não vão dar certo.”

E com essa história, a lição de moral que eu quero levantar, é que combinar com os russos é combinar com as pessoas que trabalham na sua empresa.

E você combina com os seus funcionários falando como são as mudanças que você quer implementar, mostrando como é a prática delas, dando exemplos no dia a dia, e dando feedbacks para as pessoas sobre suas práticas de acordo com a nova cultura.

Essa é a parte de construção e divulgação da cultura, que é o jeito que sua empresa funciona.

Porque primeiro a gente constrói, para depois divulgar.

E dentro do processo de construção da cultura, podemos perceber uma coisa:

Há valores que são vivenciados pelas pessoas, que dão resultados, e não estão escritos em uma plaquinha.

E o seu trabalho na construção de uma cultura forte, é identificar quais desses valores impulsionam o pessoal do teu negócio.

Assim, você pode manter esses valores que já existem.

Afinal de contas, se eles movem seu pessoal, você não vai querer perder algo que faz sua equipe entregar resultados, certo?

Daí, você faz um levantamento de quais valores e elementos você precisa inserir para ter uma cultura forte e, dessa forma, alcançar o objetivo e as metas do seu empreendimento.

E essas coisas novas que você quer implementar, você vai ter um trabalho um pouco mais pesado a fazer.

Mas esse é o verdadeiro trabalho duro. O trabalho de um comandante.

O que pode acontecer, se eu inplementar novos valores na minha empresa, Marcelo?

Quando eu falo que vai ser um trabalho um pouco mais pesado, é que naturalmente, algumas pessoas vão estranhar o seu novo jeito de tocar a empresa.

E aí cabe a você comunicar aos seus líderes sobre as mudanças, o jeito novo de se viver os valores e cultura da empresa.

Com essa mudança, algumas pessoas serão demitidas…

E outras pedirão para sair.

É natural isso acontecer.

Aconteceu comigo, com empresários que eu conheço, com clientes…

Enfim, com o tempo, os resultados de uma nova cultura vão aparecer.

E aí você vai contratando devagar pessoas que sejam compatíveis com seus valores, cultura e com as competências técnicas do cargo.

E também vai demitir de acordo com esses pontos.

Pode até acontecer o seguinte: as pessoas em que você acredita que tem mais potencial e entrega, podem não querer jogar o jogo da sua empresa, e pedir as contas.

Não se assuste se isso acontecer.

Até porque as competências técnicas podem ser treinadas, e o desempenho pode ser metrificado e desenvolvido.

Pode até ser desconfortável no começo…

Mas está tudo bem, faz parte dos processos.

Até porque você precisa de pessoas que vivam a cultura e valores do seu negócio.

E se você chegou na empresa, começou a fazer as mudanças, a efetivamente implantar uma nova cultura, a falar os valores e agir de acordo com eles…

Você rapidamente começa a ter resultados significativos na empresa.

Isso vai fazer com que seu negócio chegue ao próximo nível.

E é por conta disso, que eu sempre “bato na mesma tecla”:

As habilidades que te trouxeram até aqui, não vão te levar para o próximo nível.

Para isso acontecer, é preciso manter o que há de bom na atual cultura da empresa, e implementar novas ideias, jeitos e valores, para poder chegar ao próximo nível.

E se você identifica a necessidade de definir metas e medir o desempenho dos seus funcionários, para ter uma equipe de alta performance…

Entenda que esse jogo não é para todos.

E inclusive, pode acontecer da pessoa que tem a maior performance, não gostar dessa nova implementação e pedir para sair do jogo.

É normal, já vi isso acontecer milhares de vezes.

Você precisa aprender a demitir rápido quem não está disposto a jogar o jogo da sua empresa, e a contratar devagar as pessoas que querem jogar e que vão vivenciar seus valores no dia a dia.

E essa mudança de cultura que você se propôs a implementar, demora a ser 100% instalada.

Pode chegar a demorar cinco anos.

Isso porque cultura trata-se de pessoas. E as pessoas demoram a eliminar e implementar novos hábitos.

E nem todos estão dispostos a fazer isso. Por isso, alguns serão demitidos, e outros pedirão para sair.

O que aprendi em mais de 25 anos como empresário?

Aprendi que, independentemente de tudo isso, os resultados de uma mudança de cultura são rápidos.

E quando eu comecei a fazer isso em uma das minhas empresas, qualquer coisa que eu fazia, eu falava:

“Cara, a gente tem que dar um show de bola. Vamos dar um show de bola?”

Às vezes eu até brincava com as pessoas e falava assim: você é bom de bola ou é meia boca?

Se você for bom, vai dar um show de bola, se você for meia boca, nem me chama pra conversar. Pede para sair.”

E daí quando a pessoa ia lá e fazia a coisa/tarefa acontecer, eu chegava para ela e dizia:

“Valeu cara, você deu um show de bola hoje hein?”

E por incrível que pareça, isso fortalecia uma cultura de fazer algo dar certo.

Por ser algo que impulsionava meus funcionários a fazerem as coisas dar certo, eu decidi manter esse jeito de viver o dia a dia da empresa.

Identifiquei uns pontos que precisavam de melhorias e mudanças, fiz um plano de ações e executo esse plano, para poder atingir o próximo nível do meu negócio.

Esse caso de uma das minhas empresas, é um exemplo claro do que pode existir na sua cultura e, se impulsiona seus funcionários a alcançar resultados e bater metas, você pode manter.

E se ainda está com alguma dúvida, ou quer aprofundar mais sobre a implementação de uma cultura, assista aos nossos vídeos abaixo:

Assista aos conteúdos nos canais do YouTube, Instagram e Spotify.

Não tem desculpa para não assistir:

É de graça!

Vai lá!

Compartilhe

Quem é marcelo germano

Marcelo Germano, empresário há mais de 25 anos e dono de 5 empresas de diferentes segmentos, criador do método Empresa Autogerenciável.

Criou o método para ajudar o dono de uma pequena ou média empresa, que esteja vivendo no caos com os seus funcionários, a conquistar uma equipe que não dependa dele para funcionar.

Conheça mais sobre o marcelo

Quem é ROGÉRIO VALENTIM

Empresário com experiência em vários segmentos, atuando como CEO no EAG - Empresa Autogerenciável

Formado em Propaganda e Marketing pela ESPM, também é CEO na Lumma Despachante e sócio-fundador na Techslab.

Conheça mais sobre o Rogério