28 de novembro de 2019
Independentemente do segmento, mercado ou concorrência, toda empresa passa por três fases: a da infância, com o protagonismo de seus fundadores; a adolescência, fase do trabalho duro; e a maturidade, quando você se torna o comandante do seu negócio.
Mas tem muito dono de empresa que paralisa diante do sufoco da adolescência. E, por não conseguir consolidar o seu negócio, chega a pensar em voltar atrás.
Eu, Marcelo Germano, fundador do EAG – Empresa Autogerenciável, achava que não precisava fazer um post para dizer que diminuir seu negócio vai acabar com ele.
Mas, ao longo da minha jornada como empreendedor, vi que muitos empresários já pensaram nisso. Então, resolvi vir aqui e explicar sobre essas três fases de uma empresa, mostrando a você razões para não desistir e seguir em frente.
Te desejo uma excelente leitura e reflexão!
Para entender as armadilhas de pensar em voltar atrás, em pleno desenvolvimento da sua empresa, vou explicar por quais etapas todas empresas passam.
Assim como um ser humano, a empresa passa por três fases de sua vida: a infância, a adolescência e a maturidade.
É a fase em que você, movido por um sonho, tomou a decisão de abrir o próprio negócio e começa a trabalhar nele.
No começo, você trabalhou quantas horas foram necessárias, pois você estava disposto a fazer sua empresa dar certo.
Daí, a sua empresa começou a receber clientes e indicações de clientes. E ela começou a crescer. Quanto mais ela crescia, mais você se doava. Fazia total sentido e você estava entusiasmado.
Só que, com o tempo, você começou a perceber que tocar uma empresa exige habilidades que você não domina totalmente ou tarefas que você não se sente confortável em executar.
É como se tivessem vários pratinhos que você precisava equilibrar. Tem o pratinho da venda, da entrega, do produto, do fluxo de caixa, do marketing, e você precisa correr para girar cada prato e manter o equilíbrio de todos juntos.
Só que isso começou a acontecer com frequência e sua vida, desde então, se tornou um verdadeiro caos total.
Aqui já é bem nítido como todo dono de empresa precisa de ajuda externa. Essa ajuda pode vir tanto de um gerente para administrar a bagunça, quanto de um mentor para te orientar em como prosseguir com reorganizações e delegações. Só assim você poderá fazer o que precisa fazer: sua empresa crescer. Certo?
No começo, as coisas voltam a funcionar. Mas aí vieram as reclamações. O produto ou serviço perdeu a qualidade no caminho, a entrega atrasou, um funcionário foi grosseiro com o cliente… e você vai sempre olhar o que está acontecendo.
Como nesta situação: você vê um funcionário seu embalando um produto. Só que ele está embalando de uma forma diferente. Você chega para ele e fala: “Não é assim que se embala”, e começa a embalar aquele produto por conta própria.
Esse tipo de comportamento é repetido com frequência por muitos donos de empresa. E ele reforça esses pensamentos:
Se você está tendo este tipo de pensamento agora mesmo, você está fazendo um trabalho burro. Você está preso no operacional da sua empresa, trabalhando mais, se estressando mais, perdendo qualidade de vida no trabalho e não está fazendo nada para o negócio expandir.
Se isso ocorre, três caminhos serão abertos na cabeça do dono da empresa que acredita que vai resolver esse caos sozinho:
Esse empresário sente saudades de quando a sua empresa era pequena. Ele chega a pensar: “Quando era uma empresa pequena, lucrava muito mais”. Mas, se ele tomar a decisão de voltar um passo atrás, é questão de tempo até que a empresa suma do mercado.
Se a empresa daquele empresário voltar a ser pequena (em tamanho, portfólio de produtos, área de entrega, horário de funcionamento, não importa…), a concorrência vai engolir seu negócio. Pode ser com um produto melhor, um atendimento melhor, um marketing melhor. É o início do fim. Ele vai começar a perder os clientes, pois já não atende como antes e nem supre necessidades que já tinham sido estimuladas.
O segundo caminho para o dono de empresa que acha melhor fazer tudo sozinho, é o que eu chamo de “tudo ou nada”. Alguém vê a situação que ele está passando e sugere que ele venda a sua empresa. Assim, os seus problemas vão sumir.
Daí esse empresário decide pegar a estrada do tudo ou nada. Imagina o seguinte: ele vai pegar uma estrada em que se pode andar até 250 km/h… com um fusquinha. E se ele decide fazer isso, ele tem que contar com uma coisa que não está no seu controle: a sorte.
O fusca não tem estabilidade para rodar em até 250 km/h. Se ele der sorte, vai dar tudo certo. Mas se não der, ele se arrebenta… como já vi muitas empresas se arrebentando.
Esse é o terceiro caminho para o empresário sobrecarregado e que não quer mudar de atitude. Se esse é o seu caso, saiba que a sobrecarga traz consequências.
Se antes você era caprichoso com a estrutura do seu negócio, é bem provável que, agora, você não ligue mais e esteja desleixado com a própria empresa.
É questão de tempo para chegar o dia em que você não queira mais trabalhar. Dessa forma, você se torna o pior funcionário de seu negócio. E quem sai mais prejudicado nessa história é você mesmo.
Se você se identificou com a história desse empresário que, durante a adolescência da sua empresa, pensou algo relacionado a “Ninguém trabalha tão bem quanto eu”, então, eu te dou a má notícia: sua empresa, em breve, vai seguir por algum desses três caminhos.
Aí você pensa: “Mas onde entra a fase da maturidade?” Esses três caminhos da adolescência não levam à fase madura. Na verdade, a maturidade não é uma sequência natural da infância e da adolescência. E vou explicar o porquê.
Antes de dizer o que é a fase da maturidade para uma empresa, eu vou te contar a história de Thomas Watson, criador de uma das maiores empresas do mundo, a IBM.
Certa vez, perguntaram para o Watson o que ele sabia que ninguém mais sabia. E ele respondeu três coisas.
A primeira é que, mesmo antes de começar a sua empresa, ele tinha a exata noção de como essa empresa seria depois de pronta. Ele visualizava tudo como se já fosse verdade.
A segunda coisa é que ele pensou nas pessoas que iriam trabalhar nessa empresa. Não seria qualquer um. Seriam missionários que levariam a mensagem daquela empresa para o mundo.
E a terceira coisa é que, movido por todos esses aspectos, Watson entendeu que uma grande empresa é a pequena empresa que fez a coisa certa.
Se você entender o que vou te falar agora, a vida da sua empresa vai mudar completamente.
A maturidade não é uma consequência da adolescência. A empresa que chega a maturidade, começa a agir como uma empresa madura, antes mesmo de se tornar madura.
Essa empresa passa pelas fases da infância e da adolescência, mas com uma perspectiva totalmente diferente.
Seu fundador sabe exatamente onde ele quer chegar, como ele vai atender os clientes, o tipo de produto ou serviço que será oferecido… E ele passa por todas essas fases com a visão sólida de seu negócio.
Se você está lendo esse texto, muito provavelmente você tem uma empresa na adolescência que está passando pelos problemas que detalhei acima.
Você entendeu que, para uma empresa se tornar madura, primeiro ela tinha que ter agido como madura.
Sim, o melhor momento para você ter construído uma empresa que age como uma empresa madura, era quando você começou a sua empresa, lá na infância. Mas o segundo melhor momento é agora.
Muitos empresários se enganam achando que, quando eles tiverem X coisas, eles vão agir dessa forma. Só que não funciona desse jeito. Se você quer ter uma empresa madura, comece a agir como uma desde já.
Uma empresa madura é o que eu chamo de uma empresa autogerenciável. Ou seja, é uma empresa que atinge resultados e funciona perfeitamente sem que você precise microgerenciar cada processo.
Reduzir o próprio negócio é ir contra o propósito do seu empreendimento. Qualquer empresa que depende de um dono que pensa desta forma, vai desaparecer do mercado em questão de tempo.
Por isso, o quanto antes, comece a agir como uma empresa madura, que conta com times capazes de tocar operações e serviços de forma inteligente e autônoma.
O que isso significa? Alinhe os aspectos fundamentais para o seu crescimento, onde a sua empresa quer chegar, que tipo de funcionários precisa ter e como capacitá-los para fazer tudo o que você está tentando fazer.
Tudo isso move uma cultura que precisa estar bem difundida na sua empresa.
Empresa alinhada é empresa que caminha junto, divide tarefas, aceita ajuda. Só assim ela cresce e se torna, enfim, autogerenciável.
O EAG Empresa Autogerenciável foi criado para ajudar donos de empresas a acabar com o CAOS nas empresas através de uma equipe autogerenciável.