gestão por indicadores: o que todo CEO precisa saber

14 de maio de 2025
gestão por indicadores para CEOs

Gestão por Indicadores: O que Todo CEO Precisa Saber para Tomar Decisões Acertadas

Você já sentiu que está pilotando sua empresa sem instrumentos de navegação confiáveis? Como CEO, tomar decisões sem dados consistentes é como dirigir com os olhos vendados – arriscado e potencialmente desastroso. A gestão por indicadores é justamente a bússola que toda liderança executiva precisa para navegar com segurança no mercado competitivo atual.

Nos últimos anos, vimos empresas que dominam a arte da gestão por indicadores crescerem consistentemente, enquanto outras, que ignoram este aspecto, enfrentam obstáculos recorrentes. Não é coincidência – é o resultado direto de decisões baseadas em dados versus intuição pura.

Neste artigo, vamos explorar tudo o que você, como CEO, precisa saber sobre a gestão por indicadores: desde conceitos fundamentais até implementação prática, destacando quais métricas realmente importam para o sucesso do seu negócio e como utilizá-las para impulsionar resultados consistentes.

O Que é Gestão por Indicadores e Por Que é Crucial para CEOs

A gestão por indicadores, também conhecida como gestão baseada em KPIs (Key Performance Indicators), é uma abordagem sistemática que utiliza métricas quantificáveis para avaliar o desempenho organizacional em relação aos objetivos estratégicos. Mas não se trata apenas de coletar números – é sobre transformar dados em insights acionáveis.

Para você, CEO, dominar esta disciplina significa substituir suposições por certezas. Dados de um estudo da McKinsey mostram que empresas que adotam decisões baseadas em dados têm 23% mais chances de superar concorrentes em rentabilidade. Não é difícil entender o porquê: quando você tem clareza sobre onde está e para onde precisa ir, suas estratégias se tornam mais precisas e eficazes.

A evolução da gestão baseada em dados nas organizações modernas foi acelerada pela transformação digital. O que antes era privilégio apenas de grandes corporações, hoje é acessível a empresas de todos os portes. As ferramentas de Business Intelligence democratizaram o acesso a insights poderosos, permitindo que líderes tomem decisões mais acertadas em tempo real.

Fundamentos da Gestão por Indicadores que Todo CEO Deve Compreender

Antes de mergulharmos nas especificidades, é importante esclarecer alguns conceitos fundamentais que frequentemente geram confusão entre executivos.

Diferença Entre Métricas, Indicadores e KPIs

Embora muitos usem estes termos de forma intercambiável, existem distinções importantes:

  • Métricas: São medidas brutas de algum aspecto do negócio (ex: número total de vendas).
  • Indicadores: São métricas contextualizadas que fornecem significado (ex: crescimento percentual das vendas comparado ao ano anterior).
  • KPIs (Key Performance Indicators): São indicadores críticos diretamente alinhados com os objetivos estratégicos da empresa (ex: taxa de conversão de leads para um negócio focado em crescimento).

Entender essas diferenças é o primeiro passo para criar um sistema de gestão por indicadores verdadeiramente eficaz. Como CEO, seu foco deve estar principalmente nos KPIs, que refletem diretamente a saúde e o progresso de sua organização em relação aos objetivos definidos.

Categorias Essenciais de Indicadores

Para uma visão holística da empresa, você precisa monitorar indicadores de diferentes naturezas:

  • Indicadores Financeiros: Medem a saúde econômica (EBITDA, margem líquida, ROI, fluxo de caixa).
  • Indicadores Operacionais: Avaliam a eficiência dos processos internos (tempo de ciclo, taxa de defeitos, produtividade).
  • Indicadores de Clientes: Medem satisfação, retenção e aquisição (NPS, churn, LTV).
  • Indicadores de Pessoas: Monitoram engajamento, rotatividade e desenvolvimento de talentos.

O equilíbrio entre estas categorias é essencial. Focar apenas em indicadores financeiros, como muitos CEOs fazem, pode levar a uma visão míope do negócio. O sucesso sustentável depende de um desempenho equilibrado em todas essas dimensões.

O Modelo SMART para Definição de Indicadores Eficazes

Nem todo indicador é criado igual. Indicadores eficazes seguem o modelo SMART:

  • Específicos (Specific): Claramente definidos, sem ambiguidades.
  • Mensuráveis (Measurable): Quantificáveis e objetivos.
  • Atingíveis (Achievable): Realistas e alcançáveis com os recursos disponíveis.
  • Relevantes (Relevant): Diretamente ligados aos objetivos estratégicos.
  • Temporais (Time-bound): Com períodos definidos para medição e avaliação.

Aplicar estes critérios na seleção de seus KPIs garantirá que você esteja monitorando o que realmente importa, de forma prática e significativa.

O Papel Crítico do CEO na Gestão por Indicadores

Como CEO, você não é apenas um observador do sistema de indicadores – você é seu principal arquiteto e promotor. Seu papel é multifacetado e crítico para o sucesso desta abordagem.

Responsabilidades Específicas do CEO

Sua liderança no sistema de gestão por indicadores envolve responsabilidades específicas:

  1. Definir a visão e as prioridades estratégicas: Os indicadores devem refletir a estratégia maior da empresa. Cabe a você garantir este alinhamento fundamental.
  2. Patrocinar a cultura data-driven: Seu comportamento e interesse genuíno pelos dados darão o tom para toda a organização. Demonstre que decisões baseadas em dados são valorizadas.
  3. Estabelecer a cadência de gestão: Defina quando e como os indicadores serão revisados, quais as consequências dos resultados, e como orientarão as ações corretivas.
  4. Fazer as perguntas certas: Mais do que apenas olhar os números, sua habilidade de questionar e investigar os “porquês” por trás dos resultados é fundamental.
  5. Garantir transparência: Promova a visibilidade dos indicadores relevantes para todos os níveis organizacionais, fomentando responsabilidade compartilhada.

Alinhando Indicadores com a Estratégia Empresarial

O maior erro que vejo CEOs cometerem é desenvolver um sistema de indicadores desconectado da estratégia maior da empresa. Para evitar isso:

  • Comece com a estratégia: Seus objetivos estratégicos devem determinar quais KPIs você monitora, não o contrário.
  • Crie uma hierarquia de indicadores: Estabeleça uma cascata de indicadores desde os mais estratégicos (nível CEO) até os mais operacionais (nível departamental).
  • Revise periodicamente a relevância: À medida que sua estratégia evolui, seus KPIs também devem evoluir. Indicadores que eram relevantes no passado podem não ser mais.

O alinhamento estratégico é o que diferencia um sistema de indicadores verdadeiramente transformador de uma simples coleção de métricas.

Definindo o Ritmo de Gestão e Análise

Um aspecto frequentemente negligenciado da gestão por indicadores é a definição da cadência apropriada de revisão e análise. Como CEO, você deve estabelecer:

  • Reuniões diárias: Para indicadores operacionais críticos que exigem atenção imediata.
  • Revisões semanais: Para indicadores táticos que orientam ajustes de curto prazo.
  • Análises mensais: Para indicadores estratégicos que podem orientar mudanças de médio prazo.
  • Avaliações trimestrais: Para revisões mais profundas, analisando tendências e correlações.
  • Recalibrações anuais: Para ajustar o próprio sistema de indicadores conforme a evolução da empresa.

Esta cadência clara estabelece um ritmo de gestão que mantém toda a organização alinhada e focada nos resultados que realmente importam.

Implementação Prática de um Sistema de Gestão por Indicadores

Conhecer a teoria é apenas o começo. O verdadeiro desafio está na implementação prática de um sistema de gestão por indicadores eficaz. Vejamos um roteiro passo a passo para guiar este processo.

Passos para uma Implementação Bem-Sucedida

  1. Defina objetivos estratégicos claros: Antes de selecionar indicadores, tenha absoluta clareza sobre onde a empresa quer chegar. Objetivos nebulosos levam a indicadores irrelevantes.
  2. Identifique os KPIs críticos: Selecione um número limitado de indicadores verdadeiramente impactantes. A regra geral é que um CEO deve focar em no máximo 5-7 KPIs estratégicos.
  3. Estabeleça metas desafiadoras mas realizáveis: Para cada KPI, defina metas que equilibrem ambição e realismo, considerando o contexto do mercado e da empresa.
  4. Defina a metodologia de coleta de dados: Determine como os dados serão coletados, com que frequência, e quem serão os responsáveis por este processo.
  5. Implemente ferramentas de visualização: Invista em dashboards intuitivos que apresentem os dados de forma clara e acionável.
  6. Treine sua equipe: Capacite gestores e colaboradores para compreenderem e utilizarem os indicadores em suas decisões diárias.
  7. Estabeleça um ciclo de análise e ação: Crie uma rotina estruturada para revisar indicadores e transformá-los em planos de ação concretos.
  8. Refine continuamente: Ajuste indicadores, metas e processos conforme a empresa evolui e aprende.

Armadilhas Comuns e Como Evitá-las

Implementar um sistema de gestão por indicadores está sujeito a diversos erros que podem comprometer seu valor. Fique atento a:

  • Excesso de indicadores: Mais não é melhor. Muitos KPIs diluem o foco e criam confusão. Solução: Priorize rigorosamente.
  • Foco apenas no que é fácil medir: Nem tudo que importa é facilmente mensurável. Solução: Desenvolva metodologias para capturar também aspectos qualitativos importantes.
  • Manipulação de indicadores: Quando as consequências são muito severas, há risco de pessoas “jogarem com os números”. Solução: Crie uma cultura de aprendizado, não apenas de cobrança.
  • Análise superficial: Olhar apenas os números sem investigar causas-raiz. Solução: Treine sua equipe em análise crítica e pensamento sistêmico.
  • Falta de ação: Medir sem agir sobre os resultados é inútil. Solução: Garanta que cada revisão de indicadores gere ações concretas.

Construindo uma Cultura Data-Driven

Implementar ferramentas e processos é apenas metade da batalha. O verdadeiro desafio está em cultivar uma cultura organizacional que valorize decisões baseadas em dados. Como CEO, você pode fomentar esta cultura:

  • Lidere pelo exemplo: Demonstre publicamente como você utiliza dados para tomar suas próprias decisões.
  • Celebre insights, não apenas resultados: Reconheça quando equipes usam dados de forma inteligente, mesmo que os resultados ainda não sejam visíveis.
  • Invista em capacitação: Ofereça treinamentos em análise de dados e pensamento estatístico para diferentes níveis da organização.
  • Promova transparência: Compartilhe amplamente os indicadores, democratizando o acesso aos dados.
  • Incentive o questionamento baseado em evidências: Crie um ambiente onde é seguro questionar pressupostos, desde que com embasamento em dados.

A transformação cultural é o elemento que sustentará seu sistema de gestão por indicadores no longo prazo, garantindo que ele não seja apenas uma iniciativa passageira, mas uma nova forma de operar o negócio.

Indicadores Essenciais que Todo CEO Deve Monitorar

Com tantas possibilidades de métricas, quais realmente merecem a atenção do CEO? A resposta varia conforme o setor e estágio da empresa, mas existem categorias de indicadores universalmente relevantes para a alta liderança.

Indicadores Financeiros Fundamentais

Os indicadores financeiros formam a espinha dorsal da gestão executiva, pois refletem diretamente a saúde e sustentabilidade do negócio:

  • EBITDA (Earnings Before Interest, Taxes, Depreciation and Amortization): Oferece uma visão clara da performance operacional do negócio, independente de estrutura de capital e políticas contábeis.
  • Margem Líquida: Indica quanto do faturamento se converte efetivamente em lucro, revelando a eficiência global do negócio.
  • ROI (Return on Investment): Mede o retorno gerado pelos investimentos realizados, essencial para avaliar a alocação de capital.
  • Fluxo de Caixa Livre: Revela a capacidade da empresa de gerar caixa após investimentos necessários, indicando saúde financeira de longo prazo.
  • MRR (Monthly Recurring Revenue): Especialmente importante para negócios baseados em assinatura, mostra a receita previsível mensal.

De acordo com um estudo da Harvard Business Review, CEOs que mantêm foco consistente nestes indicadores financeiros fundamentais têm maior probabilidade de criar valor sustentável para acionistas.

Indicadores Operacionais Críticos

Enquanto os indicadores financeiros mostram resultados, os operacionais revelam como esses resultados estão sendo alcançados:

  • Produtividade: Mede o output por unidade de input, seja por funcionário, por hora, ou por unidade de recurso.
  • Tempo de Ciclo: Quanto tempo leva para completar processos críticos do negócio, desde produção até entrega.
  • Taxa de Defeitos/Erros: Indica a qualidade da operação e possíveis perdas por retrabalho ou desperdício.
  • Eficiência Operacional: Relação entre resultados obtidos e recursos consumidos para atingi-los.
  • Capacidade Utilizada: Percentual de aproveitamento dos recursos disponíveis na empresa.

Estes indicadores funcionam como sinais de alerta precoce, frequentemente antecipando problemas financeiros futuros.

Indicadores de Experiência do Cliente

Na economia atual, a experiência do cliente tornou-se diferencial competitivo fundamental:

  • NPS (Net Promoter Score): Mede a propensão dos clientes a recomendarem sua empresa, indicando satisfação e lealdade.
  • CSAT (Customer Satisfaction Score): Avalia o nível de satisfação do cliente com interações específicas.
  • Churn Rate: Taxa de cancelamento ou perda de clientes, crucial para negócios recorrentes.
  • CAC (Customer Acquisition Cost): Custo médio para adquirir um novo cliente.
  • LTV (Lifetime Value): Valor total que um cliente gera durante seu relacionamento com a empresa.

A relação LTV/CAC é particularmente reveladora: de acordo com o Klipfolio’s SaaS Metrics, um negócio saudável deve manter esta razão em pelo menos 3:1.

Indicadores de Capital Humano

Seu time é frequentemente seu ativo mais valioso, tornando estes indicadores estratégicos:

  • Engajamento dos Colaboradores: Medido por pesquisas específicas, indica o nível de comprometimento e satisfação do time.
  • Turnover: Taxa de rotatividade de pessoal, com foco especial em posições-chave e talentos de alto desempenho.
  • Tempo de Preenchimento de Vagas: Indica a eficiência do recrutamento e a atratividade da empresa no mercado de trabalho.
  • Produtividade por Colaborador: Resultados gerados per capita, importante para avaliar a eficiência da força de trabalho.
  • Investimento em Desenvolvimento: Recursos alocados para capacitação e crescimento profissional do time.

Pesquisas da Deloitte mostram que empresas com maior engajamento de colaboradores superam concorrentes em até 147% em lucros por ação.

Transformando Dados em Decisões: A Arte da Gestão por Indicadores

Coletar dados é apenas o começo. O verdadeiro valor da gestão por indicadores está em transformar esses números em decisões que impulsionem resultados. Este é o momento em que a arte se alia à ciência.

Conduzindo Reuniões Eficazes Baseadas em Indicadores

As reuniões de análise de indicadores são momentos críticos no ciclo de gestão. Para torná-las realmente produtivas:

  1. Prepare-se com antecedência: Distribua os dados antes da reunião para que todos possam analisá-los previamente.
  2. Foque nas exceções: Dedique tempo aos indicadores que estão significativamente acima ou abaixo das metas, não a todos.
  3. Faça perguntas poderosas: Vá além do “o que aconteceu” para explorar “por que aconteceu” e “o que podemos aprender”.
  4. Equilibre accountability com aprendizado: Cobrar resultados é importante, mas criar um ambiente de aprendizagem é essencial.
  5. Termine com ações claras: Cada reunião deve gerar decisões específicas, com responsáveis e prazos definidos.

O formato dessas reuniões deve evoluir conforme a maturidade da sua organização em gestão por indicadores. Inicialmente, o foco pode ser simplesmente entender os números, mas deve progressivamente migrar para análises mais sofisticadas e decisões estratégicas.

Técnicas para Análise e Interpretação de Dados

Para extrair insights verdadeiramente valiosos de seus indicadores, considere estas técnicas:

  • Análise de tendências: Observe a direção e velocidade das mudanças ao longo do tempo, não apenas valores absolutos.
  • Comparações contextuais: Compare resultados com benchmarks relevantes, como períodos anteriores, concorrentes ou metas.
  • Análise de correlação: Identifique relações entre diferentes indicadores que possam revelar causas e efeitos.
  • Segmentação: Explore como os indicadores variam entre diferentes segmentos (clientes, produtos, regiões).
  • Análise de cohorts: Acompanhe grupos específicos ao longo do tempo para entender comportamentos e resultados.

A Harvard Business Review destacou que a capacidade de analisar dados de forma sofisticada é uma das habilidades mais valorizadas no século XXI. Como CEO, você não precisa ser um cientista de dados, mas deve dominar as técnicas básicas de análise para liderar discussões produtivas.

Tomada de Decisão Baseada em Evidências

O objetivo final de todo sistema de indicadores é melhorar a qualidade das decisões empresariais. Para isto:

  1. Estabeleça limiares de decisão: Defina previamente quais variações nos indicadores dispararão quais tipos de decisões.
  2. Considere múltiplas fontes de dados: Triangule informações de diferentes indicadores antes de tomar decisões significativas.
  3. Equilibre dados com experiência: Os números informam, mas não substituem completamente o julgamento baseado em experiência.
  4. Avalie riscos e trade-offs: Toda decisão tem consequências em múltiplos indicadores; pondere estes impactos.
  5. Documente decisões e resultados: Crie um registro que permita aprender com decisões passadas e seus efeitos.

Empresas que dominam esta disciplina conseguem um ciclo virtuoso: melhores decisões levam a melhores resultados, que geram mais confiança no processo, o que por sua vez estimula decisões ainda mais baseadas em dados.

Tecnologia e Ferramentas para Potencializar sua Gestão por Indicadores

A tecnologia adequada pode ser uma grande aliada na implementação eficaz de um sistema de gestão por indicadores. Mas com tantas opções disponíveis, é importante fazer escolhas estratégicas.

Dashboards e Visualização de Dados

Dashboards bem projetados transformam dados complexos em visualizações intuitivas que facilitam insights rápidos:

  • Dashboards executivos: Focados nos KPIs estratégicos, apresentam uma visão consolidada do desempenho organizacional.
  • Dashboards operacionais: Mais detalhados, permitem acompanhamento diário de métricas-chave por área.
  • Dashboards analíticos: Possibilitam exploração mais profunda, com recursos de drill-down para investigar causas.

Ao desenvolver seus dashboards, priorize clareza e relevância sobre complexidade. Um bom dashboard deve comunicar o essencial em segundos, permitindo aprofundamento quando necessário.

Sistemas de Business Intelligence

Para empresas que buscam uma abordagem mais sofisticada, plataformas de BI oferecem recursos avançados:

  • Data warehousing: Consolidação de dados de múltiplas fontes em um repositório centralizado.
  • ETL (Extract, Transform, Load): Processos para integrar dados de diferentes sistemas.
  • Análise multidimensional: Capacidade de examinar dados sob múltiplas perspectivas.
  • Self-service BI: Ferramentas que permitem aos usuários criar suas próprias análises sem dependência de TI.

Soluções populares como Power BI, Tableau e Qlik oferecem estas funcionalidades com diferentes abordagens e pontos fortes.

Automação de Coleta e Análise de Dados

A automação reduz significativamente o esforço manual, aumentando a confiabilidade e frequência das análises:

  • APIs e conectores: Permitem integração direta com sistemas existentes para coleta automática de dados.
  • Alertas automáticos: Notificam sobre variações significativas em indicadores-chave.
  • Relatórios programados: Entregam análises atualizadas em intervalos predefinidos.
  • Machine learning: Identifica padrões e anomalias que poderiam passar despercebidos na análise humana.

A automação não apenas economiza tempo, mas também reduz erros humanos e permite que sua equipe concentre esforços na interpretação e ação, em vez da coleta e preparação de dados.

Cases de Sucesso: Aprendendo com Quem Faz Bem

Não há melhor forma de entender o poder da gestão por indicadores do que observar empresas que a implementaram com excelência. Vamos examinar alguns casos inspiradores.

Amazon: Obsessão por Métricas de Experiência do Cliente

A Amazon é conhecida por sua cultura orientada a dados, com foco especial em métricas de experiência do cliente. Jeff Bezos estabeleceu desde cedo que indicadores como tempo de entrega, taxa de devolução e satisfação do cliente seriam prioritários em relação a métricas puramente financeiras.

Resultados:

  • Crescimento sustentado por décadas
  • Loyalty rate excepcionalmente alto
  • Capacidade de prever tendências de consumo com precisão notável

Lição principal: Indicadores de experiência do cliente podem ser preditores mais poderosos de sucesso de longo prazo do que métricas financeiras tradicionais.

Spotify: Cultura Data-Driven em Escala

O Spotify desenvolveu um sistema chamado “Data Insights” que democratiza o acesso a métricas por toda a organização. Cada equipe tem autonomia para definir seus próprios indicadores, sempre alinhados com métricas corporativas mais amplas.

Resultados:

  • Tomada de decisão descentralizada mas alinhada
  • Inovação acelerada através de experimentação baseada em dados
  • Crescimento consistente em um mercado altamente competitivo

Lição principal: A democratização de dados, com governança adequada, pode potencializar a agilidade organizacional sem sacrificar alinhamento estratégico.

Natura: Equilibrando Indicadores Financeiros e de Sustentabilidade

A Natura implementou um sistema de gestão por indicadores que equilibra métricas financeiras tradicionais com indicadores de impacto socioambiental. KPIs de emissão de carbono, uso de água e desenvolvimento de comunidades fornecedoras têm o mesmo peso de métricas de rentabilidade nas avaliações de desempenho.

Resultados:

  • Crescimento consistente mesmo em períodos de crise econômica
  • Fidelização de consumidores com valores alinhados
  • Fortalecimento da marca como líder em sustentabilidade

Lição principal: Indicadores ESG (Environmental, Social, Governance) podem ser integrados organicamente ao sistema de gestão, gerando valor comercial tangível.

O que estes casos têm em comum é a integração profunda dos indicadores na cultura organizacional, ultrapassando o uso meramente ceremonial ou burocrático de métricas para uma verdadeira gestão orientada por dados.

Conclusão: Transformando sua Empresa Através da Gestão por Indicadores

Ao longo deste artigo, exploramos como a gestão por indicadores pode transformar fundamentalmente a maneira como você lidera sua empresa. Vimos que não se trata apenas de coletar métricas, mas de criar um sistema integrado que conecta dados a decisões e ações concretas.

Recapitulando os pontos essenciais:

  • A gestão por indicadores não é um fim em si mesma, mas uma ferramenta poderosa para alcançar objetivos estratégicos
  • O papel do CEO é crucial tanto na definição dos indicadores quanto na promoção de uma cultura data-driven
  • O equilíbrio entre diferentes categorias de indicadores é fundamental para uma visão holística do negócio
  • A implementação bem-sucedida requer tanto ferramentas adequadas quanto processos estruturados
  • A transformação de dados em decisões é onde reside o verdadeiro valor do sistema

Para você, CEO que busca levar sua empresa ao próximo nível, a gestão por indicadores representa uma alavanca estratégica de valor inestimável. Em um mundo cada vez mais complexo e competitivo, a intuição isolada já não é suficiente – precisa ser complementada por uma abordagem sistemática baseada em dados.

O caminho para a excelência em gestão por indicadores é uma jornada contínua de aprendizado e refinamento. Comece onde você está, com os recursos que tem disponíveis, e evolua gradualmente seu sistema conforme sua organização amadurece nesta prática.

Se você deseja aprofundar seu conhecimento sobre como criar uma empresa que não apenas utiliza indicadores, mas desenvolve times autogerenciáveis capazes de responder proativamente a esses indicadores, conheça o Programa EAG. Nosso treinamento completo foi desenvolvido para empresários que desejam transformar o caos em ordem através de equipes verdadeiramente autogerenciáveis, capazes de utilizar indicadores para guiar suas próprias decisões.

Lembre-se: a verdadeira transformação organizacional começa quando os números deixam de ser apenas relatórios e se tornam a linguagem comum que orienta cada decisão, em cada nível da empresa.

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Quem é marcelo germano

Marcelo Germano, empresário há mais de 25 anos e dono de 5 empresas de diferentes segmentos, criador do método Empresa Autogerenciável.

Criou o método para ajudar o dono de uma pequena ou média empresa, que esteja vivendo no caos com os seus funcionários, a conquistar uma equipe que não dependa dele para funcionar.

Quem é ROGÉRIO VALENTIMo

Empresário com experiência em vários segmentos, atuando como CEO no EAG - Empresa Autogerenciável

Formado em Propaganda e Marketing pela ESPM, também é CEO na Lumma Despachante e sócio-fundador na Techslab.

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