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Você se sente esgotado no trabalho?

6 de dezembro de 2016

O que é o esgotamento?

Uma pesquisa aponta que o esgotamento possui três dimensões: exaustão emocional, despersonalização e sentimento de realização pessoal reduzido. Quando você está emocionalmente exausto, você se sente usado – não apenas emocionalmente, mas, muitas vezes, fisicamente e cognitivamente também. Você não consegue se concentrar. Você fica facilmente chateado ou irritado, você fica doente com mais frequência e tem dificuldade para dormir. A despersonalização aparece através de sentimentos de alienação e cinismo em relação às pessoas do seu trabalho que você precisa interagir. Um dos meus clientes de coaching resumiu essa questão da seguinte forma, “Eu sinto que estou assistindo a mim mesmo em uma peça de teatro. Eu sei o meu papel, eu consigo fazer as minhas falas, mas eu não me importo”. O que é ainda pior, embora você não consiga se imaginar nessa situação por muito mais tempo, você não consegue ver uma maneira viável de sair dela.
É a terceira dimensão do esgotamento – o sentimento de realização pessoal reduzido – que prende muitos empregados em situações onde eles sofrem. Quando você está esgotado, a sua capacidade de realização está comprometida da mesma forma que a sua crença em si mesmo. E o esgotamento pode ser interpretado de forma errada pelos colegas de trabalho, onde eles irão achar que você está sendo um funcionário de baixo desempenho e que não coopera, ao invés de alguém que está passando por uma crise. Quando esse for o caso, é improvável que você consiga o apoio que você tão desesperadamente precisa.
A pesquisa mostra que o esgotamento ocorre quando as demandas que as pessoas enfrentam no trabalho superam os recursos que elas possuem para atendê-las. Alguns tipos de demandas são muito mais propensos a levar as pessoas ao ponto de esgotamento, especialmente se tratando de uma carga de trabalho pesada, pressão intensa e expectativas confusas ou não muito claras. Um ambiente interpessoal tóxico – seja um ambiente onde as pessoas diminuem umas as outras, falam pelas costas, um ambiente desrespeitoso ou de baixa confiança – é um terreno fértil para o esgotamento, pois requer muito esforço emocional para lidar com as situações do dia-a-dia. O conflito de posições, que ocorre quando as expectativas de uma posição que é importante para você entram em conflito com as de outras pessoas, também aumenta o risco de ocorrer o esgotamento. Isso pode acontecer, por exemplo, quando as demandas do seu trabalho impossibilitam passar um tempo adequado com seus entes queridos ou quando a maneira que se espera que você aja no trabalho colide com o seu senso de si mesmo.
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Se você acha que pode estar sofrendo de esgotamento, não ignore os sinais. Esse é o tipo de problema que não desaparece simplesmente. As consequências do esgotamento são graves, incluindo doença coronária, hipertensão, problemas gastrointestinais, depressão, ansiedade, aumento do consumo de álcool e drogas, conflitos conjugais e familiares, alienação, sensação de futilidade e perspectivas de carreira diminuídas. Os custos para as empresas incluem queda no desempenho, absenteísmo, turnover, aumento do risco de acidentes de trabalho, moral e senso de compromisso reduzidos, cinismo e diminuição da disposição em ajudar os outros.
Para voltar à condição normal, é essencial entender que o esgotamento é fundamentalmente um estado de esgotamento de recursos. Da mesma forma que você não pode continuar dirigindo um carro que está sem combustível apenas porque você gostaria de chegar em casa, você não consegue superar o esgotamento simplesmente decidindo “se recompor”. Para prevenir a recorrência do esgotamento são necessárias três coisas: reabastecer os recursos perdidos, evitar o esgotamento dos recursos adicionais e encontrar ou criar condições ricas em recursos no futuro. Muitos recursos são vitais para o nosso desempenho e bem-estar, desde qualidades pessoais, como habilidades, estabilidade emocional e boa saúde, a relacionamentos de suporte com os colegas, autonomia e controle no trabalho, feedbacks construtivos, ter voz em assuntos que nos afetam e sentir que o nosso trabalho faz a diferença. Tente os passos abaixo para combater o esgotamento:

Priorize cuidar de si mesmo para repor recursos pessoais.

Comece fazendo uma consulta com o seu médico para ter uma avaliação médica objetiva. Eu tento fazer com que meus clientes tirem uma lição das instruções de segurança fornecidas no início dos voos, “coloque a máscara de oxigênio primeiramente em você antes de ajudar os outros com as deles”. Em outras palavras, se você quer ser capaz de ter um bom desempenho, é preciso reforçar a sua capacidade de ter um bom desempenho. Dê prioridade aos bons hábitos de sono, à sua alimentação, aos exercícios, ao relacionamento com pessoas que você gosta e às práticas que promovem tranquilidade e bem-estar, como meditação, escrever um diário, terapia ou simplesmente relaxar sozinho fazendo uma atividade que você gosta.

Analise a sua situação atual.

Talvez você já saiba o que está te esgotando. Caso contrário, tente isso: monitore como você gasta o seu tempo durante toda uma semana (você pode fazer isso escrevendo em um papel, em uma planilha ou em um dos muitos aplicativos disponíveis para controle de horas). Para cada momento, registre o que você está fazendo, com quem você está, como você se sente (por exemplo, em uma escala de 1-10 onde 0 = irritado ou deprimido e 10 = alegre ou energizado) e o valor daquela atividade para você. Isto te fornecerá uma base para decidir onde fazer mudanças que terão maior impacto. Imagine que você tem um medidor de combustível onde você pode verificar o nível dos seus recursos pessoais (físicos, mentais e emocionais) a qualquer momento. O princípio básico é limitar a sua exposição às tarefas, pessoas e situações que te sugam e aumentar a sua exposição àquelas que te reabastecem.

Reduzir a sua exposição aos estressores do trabalho.

O seu problema pode justificar uma redução na sua carga de trabalho ou nas horas de trabalho, ou permanecer algum tempo longe do trabalho. Usando o seu monitoramento do tempo gasto, nível de humor/energia associado e o valor da atividade como guias, elimine as atividades de baixo valor/ alta frustração na medida do possível. Se você acredita que existem certos relacionamentos que te minam, limite a sua exposição a essas pessoas. Reflita se você tem tendências perfeccionistas. Se assim for, se livrar delas conscientemente irá diminuir o seu nível de estresse. Delegue funções que você não precisa necessariamente fazer pessoalmente. Comprometa-se a se desligar do trabalho à noite e nos fins de semana.

Aumente os recursos do trabalho.

Priorize o tempo gasto nas atividades que são mais valorizadas e mais energizantes. Procure pessoas que você confia e aprecia no trabalho. Encontre maneiras de interagir mais com pessoas que você considera estimulantes. Converse com o seu chefe sobre os recursos que você precisa para poder trabalhar na sua melhor forma. Por exemplo, se você não possui certas habilidades, solicite treinamentos e suporte para um melhor desempenho, como feedbacks regulares e orientação de alguém qualificado. Faça brainstorm com os colegas sobre formas de modificar os processos de trabalho para torna-los mais eficazes. Por exemplo, você pode instituir um “sistema de alerta antecipado”, onde as pessoas irão buscar por ajuda logo que perceberem que irão perder um prazo. Você também pode verificar regularmente onde está o nível geral de recursos da equipe e tomar medidas para reabastecê-lo quando estiver baixo.

Aproveite as oportunidades de reavaliação.

Algumas coisas no seu trabalho estão ao seu alcance de serem mudadas. Outras não. Se, por exemplo, a cultura da sua empresa é caracterizada por uma incivilidade generalizada, é improvável que você consiga ser bem-sucedido lá. Ou se o conteúdo do trabalho não está alinhado com o que você gosta, encontrar um trabalho que seja mais significativo para você pode ser um passo essencial para a sua satisfação profissional. Não há nenhum trabalho que valha a sua saúde, a sua sanidade ou a sua alma. Para muitas pessoas, chegar ao esgotamento é o que os motiva a dar uma pausa, fazer um balanço e tentar seguir uma carreira que seja mais satisfatória do que aquela que elas tinham anteriormente.
Artigo traduzido e adaptado: https://hbr.org/2016/06/steps-to-take-when-youre-starting-to-feel-burned-out
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Quem é marcelo germano

Marcelo Germano, empresário há mais de 25 anos e dono de 5 empresas de diferentes segmentos, criador do método Empresa Autogerenciável.

Criou o método para ajudar o dono de uma pequena ou média empresa, que esteja vivendo no caos com os seus funcionários, a conquistar uma equipe que não dependa dele para funcionar.

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Quem é ROGÉRIO VALENTIM

Empresário com experiência em vários segmentos, atuando como CEO no EAG - Empresa Autogerenciável

Formado em Propaganda e Marketing pela ESPM, também é CEO na Lumma Despachante e sócio-fundador na Techslab.

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