23 de abril de 2020
Uma crise, como a do novo Coronavírus, não tem dia, nem horário para acontecer. Quando ela vem, pode vir com tudo; e para nós, donos de empresa, o rojão chega ainda maior, já que temos a missão de garantir empregos e de fazer a economia girar.
É claro que uma crise assusta. Só que o papel do dono, independentemente do cenário, nunca muda. Na realidade, ele deve se intensificar em momentos de instabilidade, e é neste momento em que vemos se uma empresa é capaz de produzir resultados ou se entregar ao caos de vez.
Quer saber o que você, como gestor, precisa fazer para garantir a sobrevida da sua empresa? Então continue lendo este texto em que eu, Marcelo Germano, fundador do EAG – Empresa Autogerenciável, destaco qual deve ser o seu papel em meio à crise.
Boa leitura e mãos à obra!
É fazer a empresa chegar do outro lado da ponte, isto é, atravessar a turbulência, sobreviver e encontrar do outro lado um mundo diferente e com oportunidades.
Mas só consegue chegar lá quem se prepara para essas oportunidades durante a crise, por meio do domínio mental.
Veja bem, Comandante: você é 100% responsável pelas coisas que exerce controle. Nós não controlamos os fatos (como uma crise), nem a resposta do governo ou de outros agentes sobre ela, mas sim o que nós pensamos sobre o fato.
Isso é extremamente importante porque, dependendo do que você pensa sobre esse fato, isso irá determinar quais ações você vai fazer ou deixar de fazer e, assim, seguirá o seu caminho. Caso contrário, se você não controlar o que pensa sobre determinado fato, você trava e permanece empacado no mesmo lugar.
Neste vídeo, eu falo um pouco mais sobre a importância do domínio mental para o dono de empresa durante uma crise. Assista:
Uma empresa pode ter dois tipos de gestor: um comandado ou um Comandante. Essa postura do dono de empresa é capaz de determinar se um negócio está apto para prosperar ou ir à beira do caos, ainda mais em tempos de crise.
O líder que é comandado pela empresa costuma reclamar que trabalha muito, mas que nunca vê dinheiro entrando, que o time não entrega resultado, que “ninguém quer nada com nada”. Só que pode reparar: geralmente, a rotina desse tipo de gestor é desorganizada. Ele não tem prioridades, não se planeja, é reativo aos problemas que aparecem ao longo do dia e pode até mesmo estar alheio às dificuldades que o próprio negócio enfrenta.
Qual é o resultado que você espera de uma empresa assim? Eu já posso te adiantar: uma rotina caótica, com funcionários desmotivados, sem saber o que fazer, para onde ir e afundando no próprio caos.
Por outro lado, um líder que é o Comandante da própria empresa sabe o que está acontecendo e age de acordo com o cenário, seja ele positivo ou negativo. Mês a mês, essa pessoa sabe quanto faturou, os seus lucros, os seus prejuízos, onde quer chegar e estabelece metas para atingir esses resultados.
Consequentemente, esse gestor trabalha para a empresa crescer. Ele tem prioridades, arruma um espaço do dia para resolver os seus eventuais problemas que acontecem em uma escala menor, porque os seus processos são organizados. Isso faz TODA a diferença na rotina de uma empresa: o Comandante faz com que todos sigam os processos, arruma possíveis falhas e conversa com quem não está alinhado para treinar e capacitar aquela pessoa.
Mas mesmo o Comandante pode travar diante de uma crise, principalmente se for uma no nível do novo Coronavírus, que virou o mundo de cabeça para baixo de uma hora para outra. O que ele pode fazer nesses casos? Veja a seguir.
Na realidade, esse gestor não está preparado para a crise em si, mas ele já estava preparado antes para ver a sua empresa crescer. Um Comandante sabe que a sua rotina vai ser igual a uma montanha russa, então ele entende que precisa estar pronto sempre.
Durante uma crise, o dono de empresa precisa armar defesas, isto é, estabelecer medidas e tomar ações de acordo com os cenários. É claro que é difícil não se desesperar durante o caos, mas um Comandante tenta agir de forma pragmática o tempo inteiro, sem deixar se abater pelas dificuldades.
Vou dar um exemplo: lá no início da pandemia do novo Coronavírus, o João, que é dono de uma agência de publicidade, parou, respirou fundo e foi tomar decisões assertivas para tentar virar o jogo. Ele tinha uma prioridade: manter os empregos e os salários dos seus colaboradores.
Pensando nisso, João avaliou o andamento do seu fluxo de caixa e pesquisou as alternativas do Governo para ajudar os donos de empresas (como a normativa nº 4.782, de 16 de março de 2020, que estabelece critérios temporários para as operações de crédito).
A partir dessa avaliação, João criou diferentes cenários (bons e ruins) e optou por seguir o caminho que garantia o seu fluxo de caixa diante desse tempo de crise. No caso dele, ele precisou adaptar as atividades da agência para o home office e suspender os benefícios dos colaboradores, como o vale-refeição e o vale-transporte. Por outro lado, ele cumpriu o seu propósito: não demitiu ninguém e conseguiu manter toda a equipe trabalhando com segurança neste momento difícil.
Em tempos instáveis, o dono de uma empresa autogerenciável age rápido, arma sua defesa, mapeia as oportunidades e as ameaças que a crise traz ao seu segmento e foca nas viabilidades, porque são elas que vão levar essa empresa para o outro lado da ponte.
A tendência é que, depois da pandemia, a gente se adapte a um modelo híbrido de trabalho: um pouco em casa e um pouco no escritório. Mas para uma empresa funcionar nesse mundo novo, a sua equipe precisa ser autogerenciável, ou seja, ela precisa saber trabalhar de forma autônoma, sem precisar que você, como dono de empresa, fique microgerenciando cada passo o tempo inteiro.
O EAG Empresa Autogerenciável foi criado para te ajudar a acabar com o caos da sua empresa e a construir uma equipe autogerenciável que funcione sem depender de você.