7 de julho de 2020
Uma coisa muito comum que acontece em várias empresas familiares é misturar problemas da família com os problemas da empresa, gerando grandes conflitos que comprometem a operação, os resultados e a gestão empresarial como um todo.
E se esses conflitos não se resolverem, não tem jeito: aquela empresa estará fadada a nunca crescer e a ficar emaranhada em diversos problemas que vão abalar não somente a empresa, mas também a relação familiar.
Você está passando por isso? Se sim, continue a leitura deste texto em que eu, Marcelo Germano, fundador do EAG – Empresa Autogerenciável, apresento dicas preciosas para resolver conflitos em uma empresa familiar.
Espero que essas dicas te ajudem, e aproveite para aplicá-las desde já no seu negócio!
As 5 dicas a seguir foram retiradas de um dos vídeos do EAG, em que eu converso com 3 sócios de uma empresa e que são da mesma família. Veja se elas podem ser aplicadas no seu caso:
Se todo mundo tiver um objetivo em comum, todo mundo caminha para o mesmo ponto. E essa é uma solução para diminuir os entraves na gestão empresarial.
Os sócios/diretores devem parar e pensar: qual é o objetivo de vocês como empresa familiar? O importante é ser uma empresa de sucesso, e esse conceito é totalmente relativo. Só vocês vão saber responder o que é sucesso para vocês.
Resolver conflitos exige ter energia, conversar, fazer acordos e cumprir acordos. Se vocês fizerem isso, vocês conseguirão fazer o diagnóstico do problema da empresa e resolvê-lo. Caso contrário, todos estarão apenas tapando o sol com a peneira e, consequentemente, vão se desgastar e adiar soluções.
Os diretores da empresa precisam estar alinhados para criar e seguir os pactos feitos entre si, fortalecendo, então, a sua gestão empresarial. Caso contrário, vocês continuarão tendo conflitos e não vão conseguir resolver o que precisa ser resolvido.
Outra coisa que é extremamente importante é: os diretores também devem estar alinhados como família. Só que para isso, não se deve misturar a pessoa física com a pessoa jurídica; ou seja, família é família, business é business. Dentro do negócio, todos terão um papel, metas para cumprir e regras que devem ser respeitadas para, assim, tocar o negócio.
Todos precisam verificar os sintomas que a empresa apresenta e tentar resolvê-los antes que eles piorem.
Para ilustrar isso, vou mostrar um exemplo muito comum: a febre. Quando a gente está com febre, isso quer dizer que ela é o sintoma de uma doença, e não a doença por si só. Ou seja, é necessário fazer um diagnóstico a partir desse sintoma, identificar o que está o causando para, assim, seguir o tratamento correto.
No mundo corporativo, muitas empresas apresentam uma “febre”, ou seja, um sintoma de que está acontecendo alguma coisa de errado. E quer saber um sintoma extremamente comum, mas que muitos donos de empresa confundem com a “doença”? A falta de dinheiro.
Veja bem, Comandante: nem sempre, o real problema é estar sem dinheiro. Às vezes, o problema é maior do que isso. Se você cai nessa ilusão e sempre tenta dar um jeito de conseguir mais dinheiro (como vender um imóvel ou pedir um empréstimo), isso significa que você não está combatendo o problema, mas sim o mascarando com uma solução imediata, mas que não consegue cortar o mal pela raiz.
E dessa forma, pode apostar que você vai se enrolar e, em pouco tempo, vai passar pelo mesmo problema novamente, o que pode ser extremamente prejudicial para a sua empresa.
Independentemente de ter lucro ou prejuízo, cada diretor ou sócio precisa receber o seu salário no final do mês. Para isso, vocês precisam estipular esse valor e cumprir com o pagamento.
Por exemplo: vamos supor que a empresa tenha 3 sócios, um pai, uma mãe e um filho, e cada um determina que receberá de salário 15 mil por mês. Se naquele mês a empresa teve lucro ou prejuízo, não importa; cada um vai receber esse valor.
Afinal, os sócios também precisam receber salário para equilibrar as suas vidas pessoais com as profissionais. Assim como qualquer outro funcionário, eles têm contas para pagar e despesas para arcar.
Também é extremamente importante lembrar que lucro não é salário. A maioria dos donos de empresa esquecem de incluir os salários dos sócios nessa conta, contabilizando-os como lucro. Só que, na realidade, não é bem assim: se em um determinado mês, você conseguir pagar todas as despesas e os salários (inclusive os dos sócios), o que sobrou foi lucro, que pode ser reinvestido na empresa ou distribuído para os sócios.
A mesma coisa acontece em meses de prejuízo: o salário precisa entrar na conta do sócio. Mas se a sua empresa está tendo prejuízo há muito tempo, então é necessário reavaliar esse salário. Faça uma revisão e o diminua, se for preciso, mas nunca fique sem receber o seu contracheque.
Geralmente, esses problemas acontecem em empresas cujos filhos trabalham com os pais, que são de gerações diferentes e podem divergir os pensamentos em relação à tecnologia e às novidades do mercado. E, nesse choque, todo mundo quer provar que sabe fazer e que está certo. Porém, o ego compromete completamente a gestão empresarial de qualquer negócio, ainda mais um familiar.
Por isso, eu espero que este texto tenha ajudado você a ter insights e a criar mudanças para a sua empresa. Compartilhe-o com o restante dos seus sócios (e familiares) para que, juntos, vocês possam chegar a uma solução e lembrar de que existem bens maiores do que todo e qualquer conflito: a empresa e a família.
Vale lembrar que não existe uma solução padrão capaz de fazer mágica. Cada empresa tem sua particularidade. Por isso, ressalto para você colocar essas dicas em prática de acordo com o perfil do seu negócio.
O EAG Empresa Autogerenciável foi criado para te ajudar a acabar com o caos da sua empresa e a construir uma equipe autogerenciável que funcione sem depender de você.