Como reagir a um pedido de demissão

18.10.2023
funcionário essencial da empresa entregando um pedido de demissão ao seu chefe

Toda empresa já recebeu, ou ainda vai receber, o pedido de demissão de um funcionário. E por mais que não pareça, essa notícia não é fácil para uma empresa. Mas é algo que eventualmente acontece.

Segundo uma pesquisa da Robert Half e The School of Life Brasil, o principal motivo dos pedidos de demissão é a infelicidade no ambiente de trabalho. Em segundo lugar, a busca por novos desafios, seguida da falta de perspectiva de crescimento.

Mas, quando uma empresa recebe um pedido de desligamento, é preciso lidar com a falta do profissional e ainda seguir uma série de atividades burocráticas para formalizar o processo.

Para passar por isso da melhor maneira possível, separamos, neste artigo, as principais dicas de como reagir a esse pedido, principalmente quando é realizado por um funcionário-chave à equipe.

O que é um pedido de demissão?

Um pedido de demissão é basicamente quando o próprio colaborador pede para ser desligado e descontinuar a relação trabalhista.

Geralmente, a solicitação é verbal, por uma reunião do próprio funcionário com seus gestores. Mas, logo após informar sua decisão, é preciso formalizá-la em uma carta de pedido de demissão, redigida de próprio punho pelo colaborador.

Após a formalização do pedido, há direitos e responsabilidades a ambas as partes, a serem cumpridas até o último dia de trabalho do colaborador.

O que fazer quando um funcionário faz um pedido de demissão?

Quando um funcionário formaliza seu pedido de demissão, a empresa precisa proceder a algumas atividades burocráticas relacionadas ao desligamento.

A empresa que conta com uma equipe de departamento pessoal avisa ao setor sobre o desligamento, que calculará o pedido de demissão e solicitará da empresa os documentos indispensáveis para encerrar o contrato.

Geralmente, quando um funcionário é demitido, a empresa precisa cumprir três ações importantes:

  • Solicitação do exame demissional;
  • Pagamento de verbas rescisórias;
  • Entrevista de desligamento.

O exame demissional é uma medida, prevista na CLT, necessária em pedidos de demissão. O colaborador será submetido a uma avaliação médica para analisar a saúde no momento de saída da empresa.

Já as verbas rescisórias englobam os principais pagamentos para o funcionário:

  • Férias vencidas ou proporcionais ao período trabalhado;
  • 13º salário proporcional;
  • Salário proporcional aos dias trabalhados;
  • Pagamento de aviso prévio;
  • Horas extras.

Por fim, há ainda uma entrevista de desligamento com a finalidade de entender as motivações da saída do colaborador. Essa entrevista não é obrigatória, mas é recomendada no intuito de saber o que é possível melhorar na empresa.

Impactos de um pedido de demissão do funcionário-chave

O desligamento repentino de um funcionário é impactante ao negócio; por isso, existem muitos motivos para não demitir um funcionário.

Mas, quando o pedido de demissão é de um funcionário-chave para a empresa, o impacto é ainda mais contundente.

Por exemplo, a surpresa em receber esse comunicado. Muitas vezes, a empresa não está preparada para seguir sem esse profissional, o que prejudica os projetos em andamento.

Além disso, a própria equipe pode perder o foco e motivação sem o funcionário-chave em razão dos vínculos estabelecidos. E a saída do profissional também gera sobrecarga de trabalho no time, que agora passa a precisar executar as funções do colega que saiu.

Em alguns casos, as atividades realizadas por um profissional, em específico, não mantêm a qualidade, quando executadas pelos demais membros do time, acarretando atrasos em projetos e dificultando que a empresa alcance seus objetivos.

Dicas de como lidar com a saída de um profissional-chave

Por mais que a saída de um funcionário-chave seja difícil, existem algumas práticas para diminuir o impacto dessa demissão.

Aja com racionalidade

A principal dica, no momento de perder um funcionário-chave, é agir com a lógica. Comumente, a saída de um bom colaborador causa frustração nos líderes, que levam a situação para o lado pessoal.

Nesse cenário, é importante considerar as jornadas profissionais individuais. Talvez, o profissional tenha percebido oportunidades mais interessantes em outro ambiente.

Por isso, é importante entender essa situação e agir empaticamente e racionalmente. Assim, você mantém o bom relacionamento e deixa aberta a possibilidade de o profissional voltar a trabalhar na empresa futuramente.

Faça uma negociação com o funcionário

Muitas vezes, quando um funcionário-chave se demite, as empresas tentam negociar a permanência dele na empresa.

Para isso, salário, carga horária, flexibilidade e até benefícios são oferecidos.

Mas, é importante que o momento da negociação seja leve, sendo que a empresa apenas deve apresentar as opções e alterar o que for possível conforme o feedback do profissional.

É importante não fazer imposições ou agir com rigidez nesse momento delicado e deixar que ele próprio expresse o desejo de seguir na empresa.

Além do mais, para quem deseja ter uma equipe autogerenciável, talvez seja interessante documentar o processo e até desenvolver um protocolo com informações relevantes nessa negociação.

Realize uma entrevista final

Caso a negociação não avance, e o profissional decida sair, o melhor é prosseguir com a parte burocrática do pedido de demissão.

Nesse sentido, uma etapa crucial é a entrevista demissional. Essa última conversa formal entre empresa e funcionário ajuda a entender as reais motivações da saída.

Além disso, colhe feedback sobre o clima organizacional, a maneira como os processos são organizados e até sobre o andamento de projetos

Assim, a empresa aproveita esse momento para pensar em oportunidades de melhorias.

Crie um plano de ação

Além de arcar com as burocracias do pedido de demissão, a empresa também precisa substituir esse profissional, o que não é uma tarefa fácil. Por isso, logo após a solicitação, é importante começar a traçar um plano de ação.

Nesse plano, a empresa analisará os meios de procurar outro profissional para substituir o anterior. Nesse sentido, é interessante começar a busca internamente e avaliar as pessoas na empresa cujo perfil é mais compatível para ocupar o cargo.

O momento também é oportuno para analisar a dinâmica empresarial e identificar novas formas de organizar a equipe.

Tenha os processos documentados

Outra questão importante é ter todos os processos documentados com instruções do trabalho que precisa ser executado

Se a empresa sempre documentar os processos, os projetos e as atividades que cada cargo desempenha, no momento de uma demissão, outro colaborador terá mais facilidade para dar continuidade às atividades.

No caso de desligamento de um funcionário-chave, isso se torna ainda mais essencial para evitar que tarefas de grande relevância sejam interrompidas com uma demissão.

Informe a equipe

Não tem como ocultar a saída de um funcionário essencial dos demais colegas, não é mesmo? Por isso, após receber o pedido de demissão, já a comunique aos demais membros da equipe.

Nesse momento, é importante evidenciar a motivação e também informar como a empresa planeja seguir sem o funcionário.

Com isso, a empresa será totalmente transparente com os funcionários e proporcionará segurança e confiança de que, mesmo com a saída de uma pessoa essencial, saberá como seguir adiante.

Por mais que a saída de um funcionário ímpar seja difícil, com essas dicas, você lidará com a situação com tranquilidade.

Mas, para conseguir se sair ainda melhor nesse processo, precisa contar com uma equipe autogerenciável. Com o Programa EAG, você aprende a assumir o comando e gerencia uma empresa sem caos.


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QUEM É MARCELO GERMANO

  • Marcelo Germano, empresário há mais de 25 anos e dono de 5 empresas de diferentes segmentos, criador do método Empresa Autogerenciável.

  • Criou o método para ajudar o dono de uma pequena ou média empresa, que esteja vivendo no caos com os seus funcionários, a conquistar uma equipe que não dependa dele para funcionar.

  • CONHEÇA MAIS SOBRE O MARCELO

QUEM É ROGÉRIO VALENTIM

  • Empresário com experiência em vários segmentos, atuando como CEO no EAG - Empresa Autogerenciável.

  • Formado em Propaganda e Marketing pela ESPM, também é CEO na Lumma Despachante e sócio-fundador na Techslab. 

  • CONHEÇA MAIS SOBRE O ROGÉRIO